Capítulo 3: a volta das aulas presenciais
Capítulo 2
A volta das aulas presenciais
Amanhã voltam as minhas aulas presenciais, confesso que estou muito animado para deixar o meu quarto/sala de aula e retornar à escola, rever meus amigos e os meus professores. Por mais que eu já conversasse com o Heitor pelo celular, o Luís não mexe muito no celular, então não tive muito contato com ele.
Com a gincana que eu, a Júlia e nossos pais fizemos, eu percebi que eu me diverti bastante sem o celular, então agora que eu fui entender um pouco o Luís... Não precisamos do celular para nos divertirmos (se bem que ele exagera um pouco).
Ontem o Heitor me mandou uma mensagem para eu ir na casa dele conversar, jogar e brincar. Eu aceitei e às quatro horas da tarde, eu estava lá. Nós jogamos e brincamos muito, fiquei feliz sabendo que ele também começou a soltar o celular um pouco, então resolvemos fazer um carrinho de rolimã.
Como eu já tinha experiência no assunto, ensinei ele a fazer o carrinho. Mas, fiz errado novamente... E como descobri isso? Da pior maneira possível, quando fomos andar, o carrinho se despedaçou e nos ralamos inteiros. Aprendi outras lições: eu não tinha tanta experiência assim em carrinhos de rolimã e tomar banho quando se está ralado dói muito.
Eu já ia me esquecendo, lembra que eu disse que minhas aulas voltarão? Então, vejo que tem um lado bom e um ruim. O lado bom é que vamos finalmente voltar à escola e aprender de verdade e o lado não tão bom assim, é que eu terei menos tempo para jogar o “Meia no espaço”. Diz a minha mãe que isso é ótimo para eu viver o mundo fora da tela do celular e do computador.
— Você poderá brincar com seus amigos e aprender muitas coisas novas. Fazer os experimentos de Ciências que você tanto gosta presencialmente. A escola vai te fazer muito bem. Ela sempre faz.
Parei para pensar e minha mãe estava certa (as mães sempre estão). Eu acho que depois de ter tido um ano inteiro de aula em casa acabei esquecendo da importância da escola. Além do mais, meu celular precisa descansar um pouco mesmo. E terá aula amanhã, ou seja, eu vou testar isso.
___Depois da aula___
Na aula, ou melhor, no parque, nós brincamos de barata no ar, os únicos que não foram pegos foi o Luís e eu. No final do parque o Heitor falou:
— Nossa, como você é bom nessa brincadeira hein!?
E eu respondi:
— Obrigado, eu gostei tanto que nem senti falta do meu celular.
E o Heitor surpreso respondeu:
– O QUE? Aahh já entendi, é uma piada, né?
E eu orgulhoso falei:
— Não, não é uma piada! (será que eu exagerei?).
O meu pai ao saber disso ficou feliz, afinal ele não gosta que eu jogue o dia inteiro e agora ele não para de falar:
– Viu só, fazer aquela gincana foi muito bom para você.
– Eu sei pai, é a quarta vez que você fala isso só hoje!
Eu estava no meu quarto jogando “Meia no espaço”, mas eu estava meio entediado, então eu ouvi na rua duas crianças brincando. Como ainda não estava tarde, pedi [1] para minha mãe se eu podia ir também:
– Oi mãe, você deixa eu ir brincar lá fora?
– Claro, meu amor, só toma cuidado com os carros.
Quando eu sai de casa, logo vi as crianças da rua brincando e logo perguntei se eu podia brincar com eles.
— Oi, meu nome é Jean... Posso brincar?
— Oi, claro! meu nome é Bruno.
— Oi, meu nome é Roberto.
Eles estavam brincando de pega-pega e o Roberto me disse a regra deles:
— Jean para brincar tem uma regra: só pode ficar na calçada ou na grama (afinal, é perigoso brincar na rua).
– Beleza parece fácil, Roberto.
Comecemos a brincar e percebemos que tinha poucas pessoas e então pensei em chamar a Júlia:
— Ei galera, eu vou chamar uma amiga, me esperem.
Os dois falaram:
— Beleza, Jean.
Como a Júlia morava perto, foi rapidinho para chamá-la. Brincamos muito com nossos novos amigos até minha mãe me chamar para tomar banho. Me despedi deles e fui para casa. Durante o jantar minha mãe perguntou:
– Filho, com quem você estava brincando?
Eu respondi:
– Eu estava brincando com o Roberto, o Bruno e a Júlia.
Minha mãe feliz falou:
— Olha que maravilha! Fico feliz que você esteja fazendo novos amigos e se enturmando com os vizinhos.
Eu realmente gostei de brincar e percebi que se eu organizasse meu tempo, eu poderia jogar “Meia no espaço” também. O ano passado, 2020, eu fiquei muito em casa por causa da pandemia. Claro que ela não foi o motivo da minha dependência tecnológica, mas vendo agora como eu posso me divertir com meus amigos, fico imaginando como eu poderia estar se eu tivesse percebido isso antes.
Ah, lembra que eu gravo vídeos para meu canal? Comecei a incluir sugestões de brincadeiras e meu pai está me ajudando, para incentivar mais famílias também. Na escola, minhas notas melhoraram, sem contar o meu condicionamento físico que está bem melhor.
Acho até que vou me inscrever para a próxima olimpíada. Para qual modalidade eu devo me inscrever?
Qual parte da minha história você mais gostou?
Qual nota você atribui para o livro?
No próximo capítulo, você poderá andar de carrinho de rolimã em realidade virtual (VR)!
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No Paraná, muitas vezes o verbo “pedir” tem o mesmo significado que o verbo “perguntar”. ↑